quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Criticando “crentes modernos”, teologia da prosperidade e doutrinas de igrejas, escritor afirma: “Eu sou crente à moda antiga”. Leia na íntegra



Criticando “crentes modernos”, teologia da prosperidade e doutrinas de igrejas, escritor afirma: “Eu sou crente à moda antiga”. Leia na íntegra O estabelecimento de doutrinas peculiares à determinadas denominações, encaradas por muitos como “usos e costumes” foi tema de um texto publicado pelo site Genizah.
As doutrinas que fogem ao conceito bíblico foram tratadas por David Andrade, autor do texto, como “modismos”, numa comparação com os usos e costumes dos “crentes modernos” e os “crentes à moda antiga”.
Segundo Andrade, “c rente moderno entende que não pode cortar cabelo, que mulher não pode usar calça, que homem não pode usar bermuda, que pastor é soberano e deve ser servido”.
Usando humor para descrever o comportamento de muitos evangélicos, Andrade ironiza: “Crente moderno entende que palavreado correto é o seu, tipo: misericórdia (ao invés de ô loco meu…, creeeeeedo que doidera…) ou então: sangue de Jesus tem poder (ao invés de isso não vai acontecer nem que a vaca tussa)”.
O conceito de “crente à moda antiga” usado pelo autor do texto, remete às discussões atuais em voga no meio evangélico, como teologia da prosperidade, relacionamento da igreja e fiéis com a sociedade, e doutrinas a cerca de bebidas.
-Crente à moda antiga não ouvia “canção gospel”, alegando que as outras canções são canções do mundo, simplesmente ouvia canção boa, crente à moda antiga bebia vinho (outra heresia). Aí alguém vai dizer que não era vinho, era suco de uva, mas embriagava – ou Paulo não diria em 1 Co 11 que havia crentes se embriagando – e Jesus não estava muito preocupado com o vinho pois transformou água em vinho e não em refrigerante. Crente à moda antiga ia em festa de parente que não professa a mesma “religião” (é só ler atento João 2), crente à moda antiga andava por fé e não por vidência, crente à moda antiga sabia que Deus é Deus na riqueza e na pobreza e que nenhuma das situações deve ser buscada para se dizer mais ou menos filhos de Deus, muito menos para que isso sirva de status gospel – descreve David Andrade.
Desfazendo-se do tom sarcástico, o autor pontua os erros que, sob seu ponto de vista, são cometidos pelos evangélicos: “O problema é que o que não se percebe é que crente moderno são os do modismo, das cartilhas de comportamento doutrinário e não os que tentam andar na simplicidade da vida como Jesus fez, e ao contrario do que possa se dizer ou do que se pregue em muitas (pra não dizer a maioria ou todas) igrejas, Jesus deixou regras praticas de vida mas nenhuma cartilha de comportamento esquisito que demonstre ser “crente”, então meu amigo cuidado para que não se encaixe naquilo que Jesus disse em Mateus capitulo 23… ah você não lembra o que diz? Então leia…”, convida Andrade.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Crente à moda antiga”, de David Andrade, publicado no Genizah:
Eu quero gritar pra todo mundo ouvir (qualquer semelhança com musica do Roupa Nova é mera coincidência): EU SOU CRENTE A MODA ANTIGA!
Essa conversa que ronda ultimamente à boca pequena das igrejas e até mesmo na boca pequena das pessoas fora da igreja, de que temos muitos crentes modernos, não me atinge, pois eu declaro: sou crente a moda antiga. Crente moderno existe!
Crente moderno entende que não pode cortar cabelo, que mulher não pode usar calça, que homem não pode usar bermuda, que pastor é soberano e deve ser servido, que ser for bispo ou apostolo então? Coloque-o em altar!
Crente moderno entende que palavreado correto é o seu, tipo: misericórdia (ao invés de o loco meu…rs, creeeeeedo que doidera…rs) ou então: sangue de Jesus tem poder (ao invés de isso não vai acontecer nem que a vaca tussa), ou até quem sabe: pois Jesus disse que obedecer (o pastor) é melhor que sacrificar. Crente moderno não pode jogar (ou assistir, quem dirá comentar) futebol, crente moderno não pode assistir televisão, crente moderno deve estar na igreja (e somente na igreja) todos os dias da semana e “queimar” todo aquele que não esteja do lado de dentro.
Eu não gosto de ser chamado de crente moderno!!! Apesar que geralmente são os “mundanos” que sempre me vem com esse termo, os crentes usam uns mais bonitinhos, do tipo: rebelde, ovelha desgarrada, desviado, herege, filho do cão (meu pai não fazia pipi na roda do carro de ninguém…rsrs) e outros mais…
Eu sou crente a moda antiga! Do tipo que ainda manda flores, apesar do velho tênis e da calça desbotada ainda chamo de querida a minha namorada….rsrs… Eu sou crente a moda antiga, eu ainda acredito que a direção do Espírito Santo (de Deus e não do apostolo) é que pode direcionar corretamente minha vida, eu ainda acredito em unanimidade na Igreja (com i maiúsculo mesmo, do tipo de verdade, de Deus), unanimidade não significa “roboticidade”, significa todos diferentes, porem, todos iguais! Eu acredito numa igreja que ora e Deus responde (do jeito Dele e não conforme minha determinação), eu acredito numa igreja que anda com tudo em comum (em comum não em igualdade, tem diferença), eu acredito numa igreja que misturada ao mundo é diferente, e não pelo linguajar, vestimenta padrão ou pelo fato de serem tão insuportáveis que não da pra conviver, eu acredito que a igreja que misturada ao mundo é diferente se trata daquela que é de Cristo, a noiva do cordeiro, a igreja amada, santa, imaculada (que heresia, não?), a igreja que vive no meio da bagunça, mas não é bagunçada, que vive no meio da corrupção, mas não é corrupta, a igreja que está no mundo mas não faz parte do mundo.
Acontece que alguns conceitos pré- concebidos instalados na mente dos crentes modernos distorceu o sentido das coisas, e hoje tornou-se difícil ser crente a moda antiga.
Crente a moda antiga não ouvia “canção gospel”, alegando que as outras canções são canções do mundo, simplesmente ouvia canção boa, crente a moda antiga bebia vinho (outra heresia) ai alguém vai dizer que não era vinho, era suco de uva, mas embriagava, ou Paulo não diria em 1 Co 11 que havia crentes se embriagando, e Jesus não estava muito preocupado com o vinho pois transformou água em vinho e não em refrigerante, crente a moda antiga ia em festa de parente que não professa a mesma “religião” (é só ler atento João 2), crente a moda antiga andava por fé e não por vidência, crente a moda antiga sabia que Deus é Deus na riqueza e na pobreza e que nenhuma das situações deve ser buscada para se dizer mais ou menos filhos de Deus, muito menos para que isso sirva de status gospel.
O problema é que o que não se percebe é que crente moderno são os do modismo, das cartilhas de comportamento doutrinário e não os que tentam andar na simplicidade da vida como Jesus fez, e ao contrario do que possa se dizer ou do que se pregue em muitas (pra não dizer a maioria ou todas) igrejas, Jesus deixou regras praticas de vida mas nenhuma cartilha de comportamento esquisito que demonstre ser “crente”, então meu amigo cuidado para que não se encaixe naquilo que Jesus disse em Mateus capitulo 23… ah você não lembra o que diz? Então leia…
Isso é só o começo de mais um “louco no bando de louco”…. (1 Co 2: 14,15,16)  Obs: não sou “curintiano”…. rsrs                 Redação Gospel+                                                                                                                        

sábado, 28 de julho de 2012

Pastor Ciro Zibordi critica “gospelização” de eventos seculares por parte de igrejas evangélicas. Leia na íntegra Pense num beco estreito e sombrio, com calçamento de paralelepípedo, cercado de galpões. Imagine-se entrando por uma das portas, de madrugada. Você avista jovens de jeans rasgado e camiseta preta, cabelo eriçado, bracelete, tatuagem e piercing. Com latinhas de energético à mão, eles dançam sorridentes e saltitantes. Casaizinhos em cantos escuros trocam carícias e beijos… A descrição acima é de um encontro evangélico (evangélico?) que está se tornando cada vez mais comum, e com o apoio das lideranças, nesses tempos pós-modernos. Estou falando da “balada gospel”, diferente da balada original, mundana, visto que foi “gospelizada” pelos seus frequentadores, pertencentes à “geração gospel”. Muitos cristãos (cristãos?) do nosso tempo têm usado o adjetivo “gospel” para “santificar” atitudes, posturas, comportamentos, condutas e eventos que outrora estavam relacionados a pessoas que não conhecem o Evangelho. Parte-se da premissa de que o crente tem liberdade para fazer o que quiser e se divertir do jeito que bem entender — mesmo que imite o mundo —, e ninguém tem nada a ver com isso. “Não me diga que você é um daqueles protestantes retrógrados que ainda pensa que participar de festa junina é impróprio para o cristão. Deixa de ser legalista, meu chapa! Acorda, rapá!”, diria um famoso telepregador gospel. Isso mesmo: já existe o “arraiá gospel”, também conhecido como “festa jesuína”, inclusive em algumas pretensas Assembleias de Deus. O mesmo se aplica a baile e desfile de carnaval, música erotizante (que simula o ato sexual), esporte (esporte?) violento e sanguinário — cuja “bola” a ser chutada ou golpeada com a mão é a própria cabeça do “esportista” —, Halloween (conhecido como “Elohim”), “pegação”, etc. Como se depreende da leitura deste artigo, “gospelizar” é, pretensamente, “tornar evangélico”. Uma vez “gospelizado”, o que outrora era considerado pecaminoso pode ser praticado livremente, sem peso de consciência. O lema dos crentes da “geração gospel” é: “Vamos curtir a vida. Afinal, Jesus não é careta”. Os líderes e membros das igrejas “gospelizadas” se conformaram com o mundo. Seus cantores se inspiram em astros mundanos, como declarou, há algum tempo, o integrante de uma famosa banda gospel: “A gente ouve Bob Marley, mas só para se informar”. A tônica das mensagens “evangelísticas” pregadas nessas igrejas é: “Venha como está e fique como quiser”. Empreguei o termo “gospelização” pela primeira vez em abril de 1994, em um texto que escrevi para o jornal Mensageiro da Paz. À época, escrevi: “Os que quiserem podem até pular carnaval, pois já existem blocos de ‘samba evangélico’. Para os apreciadores de bebidas fortes já existe a ‘cerveja gospel’, sem álcool, é claro. E não ficaremos surpresos se lançarem o ‘cigarro gospel’, sem nicotina”. Naquela época, esse texto soou como profético para os conservadores, e ácido demais para os liberais, em razão de o processo de “gospelização” ainda estar em seu início. Não tenho conhecimento de que o “cigarro gospel” tenha sido inventado. Em compensação, hoje temos o “carnaval gospel” , o “arraiá gospel” , o “dia das bruxas gospel” , as “lutas de gladiadores gospel” , o “barzinho gospel” , a “balada gospel” , o “funk pancadão gospel” … Como diz um “meme” do Facebook (imagem acima), “Só está faltando o inferno gospel”. Ciro Sanches Zibordi