segunda-feira, 18 de abril de 2011

Dualismo e a “Pregação do Cachorro”


Você já ouviu aquela pregação que fala de dois cachorros, um do bem e um do mal? Aqui vai ela: “Um pescador esquimó vinha cada sábado à tarde à cidade. Sempre trazia consigo seus dois cachorros, um branco e um preto. Ele os tinha ensinado a lutar quando ele ordenasse. Cada sábado, na praça da cidade, o povo se ajuntava e o pescador fazia apostas, enquanto os dois cachorros brigavam. Às vezes ganhava o cachorro branco, às vezes o preto – mas o pescador sempre ganhava as apostas! Seus amigos começaram a perguntar-lhe como ele fazia isto. Ele disse: – Eu deixo um passar fome durante a semana, e só dou comida para o que eu quero que ganhe. O cachorro que está bem alimentado ganha, porque está mais forte. A vitória desta batalha será daquele que for mais bem alimentado.”

O Dualismo se embasa na concepção de duas forças independentes, uma boa e uma , lutando pela vitória, pela atenção, por “alimento”, para que, no final, alguma vença. A idéia central da “pregação do cachorro” é que se você alimentar o bem, ele vencerá e se você alimentar o mal, este vencerá. Isso coloca o bem e o mal no mesmo patamar, e nos dá o direito de controlar essa batalha. Então se eu simpatizo com o mal, vou reunir o maior número de pessoas possível para “alimentar” o mal junto comigo, assim, no final, o mal vencerá –e se eu simpatizo com o bem faço o inverso. Percebe a heresia?

Primeiramente, vamos refletir: a ausência de luz é trevas, logo, onde há luz não há trevas e onde há trevas não há luz, mas, Deus é onipresente ou seja, existe em todo lugar e tempo, o que faz a luz existir em todo lugar e tempo –porque Deus é luz– então, onde ficam as trevas?

A afirmação física sobre luz e trevas é veraz, mas do ponto de vista teológico, Deus está em todo o tempo e lugar, então nossa visão de trevas é a de que nas trevas se perpassa a luz mas na luz NÃO se perpassa trevas (1Jo 1:5). Deus, no seu poder e controle sobre todas as coisas, permite que o mal tenha certo campo de ação mas, não permite que tal campo PERTENÇA ao mal, logo, não são duas forças independentes. Dessa maneira, figurativamente falando, não existiria um cachorro preto nem um preto com branco mas sim, teriamos o cachorro todo branco e o branco com preto.

O mal só atua onde Deus lhe permite atuar, o que nos leva a entender que Deus comanda a situação, logo, o poder do bem é no mínimo, maior ao poder do mal. Na palavra de Deus temos a prova de que o poder de Deus é superior: “A morte foi destruída pela vitória” e “Graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”(1Co 15:54 e 57). Essa vitória foi efetuada por Deus, e não por homens “alimentando” alguma “força”: adeus “pregação do cachorro”.

A concepção de mundo dualista bipolar não condiz com a palavra de Deus. Lamento informar, mas a “pregação do cachorro”, por mais impactante que seja, é dualista. Devemos nos aprofundar no conhecimento bíblico para que possamos distinguir o que é heresia e o que não é para não nos deixarmos levar por falsas doutrinas. Não quero instigá-los a sempre ter uma visão crítica em relação ao que é apresentado, discordo de tal postura, mas um mínimo de discernimento todo mundo deveria ter.

Frisando: a “pregação do cachorro” incumbe um valor dualista que classifica o bem e o mal no mesmo patamar; o poder de Deus, por ser tremendamente maior que o poder do mal, não pode ser classificado no mesmo patamar que o maligno; Deus controla tudo e é Ele quem deixa o mal agir e não somos nós quem vamos decidir qual “força” irá vencer, pois Deus já nos deu a vitória por intermédio do seu filho Jesus. E ai, viajei demais?

Um comentário:

  1. Graça e paz meu amado irmão! já estou te seguindo este é o meu blog http://www.icemcaraubas.blogspot.com/ um abraço do seu irmão em Crista Pb. Gidel de Morais

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